A cada ano o número de cursos de graduação aumenta. Atualmente temos 280 cursos oferecidos pelas universidades do Brasil, só de 2017 para 2018 já nasceram 4 novos cursos. O curso de Engenharia Física é um desses 280.

Com esse aumento os cursos tornaram-se cada vez mais específicos. A Engenharia Física vem com uma proposta contrária, sendo um curso multidisciplinar a ideia principal oferecida pelo curso é interligar as engenharias através do conhecimento em física e tecnologia. Em teoria o curso procura utilizar-se dos conhecimentos físicos para solucionar problemas de engenharia. Caso haja interesse em saber mais sobre o curso sugerimos o seguinte vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YO8Zw_1ley8

Após a pequena explicação sobre o curso, vamos entender onde entra o empreendedorismo. Como citado anteriormente a Engenharia Física procura solucionar problemas de engenharia através da física. Com a Enfitec nós desenvolvemos produtos que não existem no mercado para otimizar o trabalho de pequenos e microempresários, desse modo solucionamos problemas através do desenvolvimento tecnológico.

A engenharia física e o empreendedorismo andam lado a lado, visto que, ambos buscam a inovação e a difusão do conhecimento e de tecnologias que possam melhorar o custo-benefício dos empresários e desse modo ajudar essas empresas a se manterem e a crescerem em um mercado tão competitivo.

Atualmente existem empresas de Engenharia Física, por exemplo, em São Paulo existe a ATCP Engenharia Física, que é dirigida pelo cofundador Henrique Alves, que gentilmente nos cedeu seu tempo para uma pequena entrevista:

Henrique Alves: físico e cofundador da ATCP, é Doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais na área de Desenvolvimento Tecnológico (UFSCar, 2012), Bacharel em Física (UFSCar, 2002) e Técnico em Eletrônica (CETEV, 1997). Tem experiência nas áreas de Instrumentação, de Ultrassom de Potência e de Engenharia Elétrica. Desenvolveu 04 softwares para instrumentação, é co inventor de 04 patentes e de um desenho industrial com registro.

— O que te levou a fazer esse curso?

Na verdade eu sou bacharel em Física. Entrei na UFSCar em 98 e o curso de Eng. Física começou lá em 99 (foi o primeiro). Porém minha formação foi muito similar e desde que me formei trabalho como Eng. Físico.

— O que você achou da remuneração, acredita ser justa?

Sou dono da ATCP, portanto o que ganho é intrinsecamente justo.

— Há algum arrependimento?

Problema que não tem solução, é problema resolvido. Por isso não tenho arrependimentos, gastam energia e não resolvem nada.

— Houveram dificuldades para conseguir um emprego?

Criar e estabelecer a ATCP foi divertido e gratificante, porém rapadura é doce mas não é mole não. Trabalhei e/ou estudei 14 horas por dia durante pelos menos 20 anos.

— O curso abriu alguma oportunidade para você sair do país até agora?

Sim. Conheço 11 países, e já morei na Alemanha em função dos estudo e trabalho. Todo ano viajo pelo menos uma vez para o exterior. Conheço o Brasil todo.

— Há quantos anos você é formado?

15 anos.

— Qual área do curso que você atua atualmente?

Eletricidade, electromagnetismo e física do estado sólido.

— É um curso novo, veio para o Brasil apenas em 2000, você acredita que há futuro para o curso?

Acho que sim, isso depende mais do aluno do que do curso. Mas tem que ser um pouco de vocação e jeito para exatas.

— Você acredita que o Brasil precisa de mais engenheiros Físicos?

Sim. O Brasil é carente em todas as engenharias.

— Há chances de crescer na carreira?

Não tenho muito experiência como empregado. Como empreendedor o céu é o limite, até onde você vai depende de suas capacidades.

Citando o entrevistado, o céu é o limite para o empreendedor, então para aqueles que buscam o empreendedorismo e/ou a solução de problemas, podem encontrar ambos na Engenharia Física, um curso que certamente é amado por seus integrantes e que não tem um limite de crescimento.